A CIÊNCIA JÁ COMPROVOU QUE A BÍBLIA É VERDADE.

Antes do desenvolvimento da ciência espacial, a bíblia era considerada como um mito. No entanto, hoje a ciência mostra que a bíblia é verdade. 3500 anos atrás  o conceito do universo na idade do bronze estava distante da verdade.
 Conceito do universo dos antigos índios, conceito do universo dos antigos sumérios. As pessoas antigas não podiam sequer imaginar que a terra está suspensa no espaço. Mesmo assim, o livro de Jó escrito 3500 anos atrás, na mesma idade do bronze, menciona o conhecimento que a astronomia moderna obteve.
[A terra está suspensa sobre  o nada.]
(Jó 26:7)   "... faz pairar a terra sobre o nada."
A bíblia escreve a terra como se fosse tirada uma fotografia de um satélite. A datação por radiocarbono prova que o livro de Jó foi escrito 3500 anos atrás na idade do bronze.
Surpreendentemente, o conhecimento da astronomia moderna foi registrado no livro de Jó escrito na idade do bronze. Nesta época moderna, é um conhecimento comum que a terra flutua no universo. Mas será que isso era comum na idade do bronze?
Até 1687, quando Isaac Newton descobriu " a lei da gravitação universal" e provou que a terra flutua no universo, as pessoas não acreditavam nas palavras da bíblia: " a terra está suspensa sobre o nada". Mas ao passo que a ciência se desenvolve, ficou provado que os registros da bíblia são verdade. A bíblia também registrou a translação do 3000 anos atrás. 
"O qual [o sol], como noivo que sai dos seus aposentos."
"Se regozija como herói, a percorrer o seu caminho."
"Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso..."
No entanto, é no século 20 que a humanidade descobriu que o sol gira em torno do centro da galáxia.
"O sol gira a uma velocidade de 250 Km/s." (Astrônomo Bertil Lindblad)
Devido ao desenvolvimento da ciência, ficou provado que a bíblia é verdade. 3500 anos atrás, a bíblia descreveu corretamente o interior da terra.
(Jó - 28:5) " Da terra procede o pão, mas embaixo é revolvida como por fogo."
É um conhecimento básico das geociências que há uma ardente lago de fogo debaixo da terra onde estamos.
Porém, até o século 19 as pessoas consideravam as palavras de Deus de que há um lago de fogo dentro da terra, como um absurdo. Isso porque a estrutura interna da terra foi descoberta no século 20.
- Geofísico Andrij Mohorovicié (1857-1936) - Descobriu o manto em 1905 por meio de ondas sísmicas.
-Geofísico Beno Gutenberg (1889-1960) - Descobriu o núcleo externo na terra em 1930
- Geofísica Inge Lehmann (1888-1993) - Descobriu o núcleo interno da terra em 1936
Assim a ciência moderna prova que a bíblia é verdade. 3500 anos atrás, ninguém conhecia o ciclo da água. Mesmo assim, na bíblia escrita 3500 anos atrás, se registrou o ciclo da água.
(Jó-36:27) "Porque atrai para si as gotas de água que de seu vapor destilam em chuva," "a qual as nuvens derramam e gotejam sobre o homem abundantemente."
Há três fases do ciclo da água: evaporação, condensação e precipitação. A energia solar evapora milhões de toneladas de água da superfície dos oceanos e rios. Quando este vapor se condensa e forma nuvens, e quando estas nuvens de vapor colidem entre si e se convertem em gotas de água, então chove.
O ciclo da água não era conhecida até os séculos 16 e 17, quando Pierre Perrault e Edmundo Mariotte o descobriram através de experimentos.
Através da ciência, grandes cientistas da história ficaram absolutamente convencido de que Deus existe, e de que a bíblia é verdade.

"Deus, que é bom, criou o universo ordenadamente para nós." (Astrônomo Nicolau Copérnico)

"O sistema mais lindo do sol, planetas e cometas, só pode proceder da sabedoria e poder de um ser inteligente e poderoso, e na explicação de seu poder ele é chamado de Deus." (Físico Isaac Newton)

"Os descobrimentos cientistas revelam um universo que concorda com opiniões religiosas." ( Nobel de física Charles Townes)

"O todo poderoso tem demonstrado suficientemente sua grandeza tanto nas escrituras como na ciência." (Professor Richard A. Swenson, Universidade de Wisconsin)

Portanto, a bíblia é verdadeira no aspecto da ciência, e também está acima da ciência moderna.
Devemos crer na bíblia, porque é o único livro que pode guiar-nos à salvação.

"Lâmpada para meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos" (Salmos 119:105)
"Disse-lhe Jesus: Sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá." (João 11:25)
"Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem aventurado os que não viram e creram." ( João 20:29)
 Fonte:http://sabedoriaeverdade.xpg.uol.com.br/

Mais de 83 mil Bíblias foram enviadas para os cristãos de Cuba.

Desde que o governo se declarou como Estado laico, e não mais ateu, as atividades religiosas têm tido espaço no país

Mais de 83 mil Bíblias foram enviadas para os cristãos de Cuba

Cristãos cubanos vão receber Bíblias enviadas pela primeira vez dos Estados Unidos, precisamente dos portos do Sul da Flórida para serem distribuídas em várias igrejas em toda Cuba. A previsão de chegada das Bíblias em Havana é para esta quarta-feira, dia 25 de março.
Um carregamento de 83.723 Bíblias em espanhol, em três contêineres, está sendo enviado dos EUA para Cuba, onde serão distribuídas em igrejas batistas no oeste e leste da ilha cubana, graças a Junta de Missões Internacional, sob a sigla em Inglês IMB - (International Mission Board), informou recentemente a Convenção Batista do Sul nos EUA. No anúncio feito pela IMB, foi confirmado o envio de três contêineres de 40 pés, cheio de Bíblias.
Esta é a terceira remessa de Bíblias para ilha cubana. Os Batistas do Sul enviaram em 1999 quase 500 mil Bíblias, disse o líder de estratégia da IMB, Kurt Urbanek em um comunicado à imprensa.
Urbanek, acrescentou que esta remessa de Bíblias é a primeira a ser enviada diretamente dos EUA desde que o governo de Cuba permitiu a liberação do livre comércio no final de 2014.
“O amplo processo de busca da permissão para o governo cubano em liberar o envio de Bíblias, requereu uma grande quantidade de negociações entre representantes do governo e a Sociedade Bíblica em Cuba”, disse Urbanek no comunicado.
“Estamos gratos ao governo cubano que abriu as portas para as Bíblias”, afirmou Urbanek.
Desde que o o governo de Cuba alterou sua Constituição em 1992, declarando um Estado laico, e não mais ateu, as atividades religiosas tem tido espaço no país para crescer e florescer.
“O crescimento é tão incrível, por isso que a Bíblia é muito importante”. disse Urbanek.
O total de 75% serão distribuídas em dois ministérios. A Convenção Batista Ocidental de Cuba com sede em Havana receberá 32 mil Bíblias, enquanto que a Convenção Batista do Leste de Cuba em Santiago, receberá a mesma quantidade.
Relatos informam que cerca de 30 mil pessoas aceitaram a Jesus em 2014, por este motivo já foram abertas mais de 1.300 igrejas domésticas nos últimos anos.
IMB- (International Mission Board) atribuiu os recursos utilizados para realizar a remessa destas bíblias ao esforço conjunto entre a LifeWay Christian Resources, a Convenção Batista da Flórida, Church by the Glades en Coral Springs, Flórida, outros grupos e doações de pessoas individuais.
A Life Way doou 60 mil bíblias, a IMB contribuiu com 100 mil dólares, enquanto que os Batistas da Flórida com 2 mil dólares em Bíblias com capa de couro. A distribuição inclui também Bíblias de Estudo, com letras grandes para aqueles que têm dificuldades visuais e comentários bíblicos.
Fonte: http://www.cpadnews.com.br - Infor Gospel / com informações de Noticia Cristiana

ARQUEOLOGIA DA CIDADE DE JERICÓ


                                                 JERICÓ DO TEMPO DE JOSUÉ
Uma cidade importante situada no vale do Jordão (Dt 34.1-3), no lado ocidental, perto do mar Morto e ao sopé das montanhas que dão acesso à planície de Judá. Era conhecida pelo nome de Cidade das Palmeiras (Jz 3.13). A primeira menção que se faz nas Escrituras é quando os israelitas se acomodaram nas planícies de Moabe, do outro lado do Jordão (Nm 22.1; 26.3). Era uma cidade bem fortificada e dominava o vale do Jordão e as passagens para as montanhas do oeste, portanto sua conquista se tornava essencial ao avanço dos israelitas para conquistar Canaã.

Jericó, cidade da orla oriental de Gor, à distancia de 10 quilômetros do rio Jordão. Foi a primeira cidade conquistada pelos israelitas sob o comando de Josué.

Depois da queda dos muros foi pronunciada uma maldição sobre aquele que tentasse reedificar Jericó E naquele tempo, Josué os esconjurou, dizendo: Maldito diante do Senhor seja o homem que se levantar e reedificar esta cidade de Jericó: perdendo o seu primogênito, a fundará, e sobre o seu filho mais novo lhe porá as portas” (Js 6.26).

A maldição caiu quinhentos anos mais tarde sobre Hiel, de Betel
durante seu reinado, Hiel de Betel, reconstruiu Jericó. Lançou os alicerces à custa da vida de seu filho mais velho, Abirão, e instalou as suas portas à custa da vida do seu filho mais novo, Segube, de acordo com a palavra que o Senhor tinha falado por meio de Josué filho de Num". (I Rs 16.34).

Foi em Jericó estabelecida uma escola de profetas, sendo visitada por Elias e Eliseu (2Rs 2.4-18). A cidade foi tomada pelos caldeus (2Rs 25.5), mas repovoada depois da volta do cativeiro babilônico (Ed 2.34).

ARQUEOLOGIA DE JERICÓ
Jericó é agora um montículo de três hectares chamado de Tell es-Sultão, localizado ao lado de abundante manancial conhecido como Fonte de Eliseu.

O montículo foi escavado por Charles Warren (1868), Ernest Sellin (1907-1911), Jonh Garstang (1929-1936) e a senhorita Kathleen Kenyon (1952-1958).

O primeiro escavador concentrou sua atenção apenas no montículo, enquanto o segundo realizou descobertas suficientes para despertar um grande interesse geral. Mais tarde Jonh Garstang desenterrou partes de quatro cidades que tinham existido sucessivamente no lugar desde o ano de 3000 a.C. Ao escavar até a base do montículo encontrou vestígios de civilizações da antiguidade extraordinária, as mais antigas que se tem encontrado na Palestina.

O quarto nível de ocupação, o qual Gastang denominou “cidade D”, adquiriu uma importância primordial para os estudiosos e historiadores da Bíblia, assim como para os arqueólogos, os quais discutiam frequentemente sobre a data do êxodo israelita do Egito e sua subsequente entrada na Palestina. Os eruditos discordavam em dois séculos ou mais em seus cálculos ao datar esse acontecimento. Jericó era o lugar onde a dúvida podia ser estudada mais a fundo. Este quarto nível de ocupação parecia ser a cidade que Josué havia tomado, e os escavadores procederam com muito cuidado.

Dois muros de nove metros de altura, que corriam quase paralelos rodeavam o cume do monte. Estes muros foram construídos de ladrilhos secados ao sol, de uns dez centímetros de espessura, e de uma extensão de 60 a 90 centímetros. O muro interior tem uma espessura de 3,4 a 3,7 metros, e foi construído sobre alicerces de um muro anterior. O último muro anterior tem mais ou menos 1,82 metros de espessura, e está na borda do montículo. O espaço entre os dois muros varia entre quatro a oito metros, e os muros se encontram unidos em intervalos periódicos por paredes de ladrilho.

Nas imediações do montículo da antiga cidade foi descoberto um cemitério. Garstang abriu um grande número de tumbas das quais extraiu muitas vasilhas de cerâmica, uma considerável quantidade de joias e uns 170 escaravelhos sagrados. Nessas tumbas Garstang achou peças de alvenaria dos períodos recente, Médio e tardio da Idade do Bronze, mas só foram encontrados uns poucos fragmentos de vasilhas micênicas, que começaram a ser importadas em torno de 1400 a.C. Os *escaravelhos sagrados egípcios podem ser datados com exatidão, já que mencionam vários faraós em seus nomes, e representam cada um deles. Um escaravelho sagrado apresenta o nome da rainha Hat-shep-sut e de Tutmósis III; outro menciona o nome de Amenhotep II, que está representado como um arqueiro, e isto coincide com os registros de sua tumba no Egito. A série de escaravelhos sagrados datados finaliza com dois selos reais de Amenhotep III, que reinou desde 1413 até 1376 a.C. Nenhuma outra coisa nas tumbas indica datas posteriores.

Ao regressar ao montículo da cidade, Garstang comparou detidamente os fragmentos de cerâmica com os que haviam sido descobertos nas tumbas, e descobriu que alguns deles correspondiam a Idade do Bronze tardia. Depois de examinar quase 100.000 pedaços de cerâmica, 1.500 vasilhas intactas, assim como 80 escaravelhos intactos, os muros caídos e outros tipos de evidencia, Garstang não hesitou em datar a cidade em torno de 1400 a.C., identificando-a como a cidade Cananéia de Jericó, que caiu nas mãos dos israelitas comandados por Josué. Os restos carbonizados que se encontravam em todas as partes eram para Garstang uma confirmação do registro bíblico, “a cidade e tudo o que nela havia queimaram-no no fogo” (Js 6.24), e os muros caídos foram uma confirmação de como os israelitas caminharam “em frente de si e a tomaram” (Js 6.20).

Desejando ser o mais cuidadoso possível, e agindo como um verdadeiro cientista, Garstang consultou três dos principais arqueólogos e especialistas em alvenaria em toda a Palestina: Pere Vincent, Clarence S. Fischer e Alan Rowe. Quando essas autoridades examinaram detidamente e em separado a cerâmica, as ruínas carbonizadas e os muros caídos assinaram declarações junto com Gastang confirmando a data de 1400 a.C. esta data concorda com a cronologia que aparece em I Reis 6.1.

O reinado de Salomão começou provavelmente em torno de 961 a.C. Se esta data é correta, o quarto ano de seu reinado seria aproximadamente o ano de 957. Somando-se 480 anos, 1437 é a data mais provável da saída dos israelitas do Egito. Se levarmos em conta os 40 anos que os israelitas passaram errantes no deserto, chegamos a data de 1397 a.C. para a destruição de Jericó; e isto está claramente dentro dos limites dos estudos de Garstang.

Todavia, estas descobertas e as interpretações que se lhes tem dado não satisfazem a alguns pesquisadores, porque eles não podiam encontrar lugar em suas mentes para uma Jericó que se ajustasse tanto ao registro bíblico. Durante quase dois decênios houve constante oposição às conclusões de Garstang, e foram exercidas pressões para que se reexaminasse Jericó.

Este desejo foi satisfeito no principio de 1952, quando uma expedição conjunta da Escola Britânica de Arqueologia, o Fundo de Exploração da Palestina, as Escolas Americanas de Investigação Oriental e o Departamento de Antiguidades do Jordão, começaram a escavar novamente em Jericó, sob a direção da senhorita Kathleen Kenyon. O trabalho foi realizado com diligencia pelo espaço de cinco temporadas, durante as quais escavaram fossos até o leito rochoso em seis lugares diferentes do montículo. Em um destes, um empreendimento próximo ao extremo norte oriental foram encontrados restos da primeira ocupação de Jericó.

Durante uma escavação posterior, a senhorita Kathleen Kenyon informou que havia encontrado os fragmentos e a base de um muro de aproximadamente um metro quadrado de piso intacto, os restos de um edifício denominado “edifício médio”, um forno e um pequeno jarro; tudo isso pertencente a Idade do Bronze tardia (1500-1200 a.C.). Ao falar sobre esses restos a senhorita Kenyon disse: “Pelo menos demonstram que existiu uma povoação nesse período. Data do século 14 a.C., e concorda muito bem com as descobertas realizadas nas tumbas e datadas com mais precisão pelo professor Garstang. Parece-nos que a evidencia demonstra que o pequeno fragmento de edifício que encontramos é parte de uma cozinha de uma mulher Cananéia”.

A JERICÓ DO NOVO TESTAMENTO
Em 10 de fevereiro de 1950, o doutor James L. Kelson e seus associados iniciaram a escavação da Jericó do Novo Testamento. Encontraram a capital invernal de Herodes, o Grande, a cidadela, o hipódromo, a piscina, as fontes, os jardins, as quintas e as ruínas de outras edificações que haviam sido construídas com pedras de cantaria [esquadrejadas] caracteristicamente herodiana, com o suave calado marginal nos quatro costados. O número de quintas diminui na direção leste, e um pouco mais além vê-se a Jericó moderna, a que o doutor Kelson pensou que poderia estar sobre as extensões dos setores mais pobres da Jericó do Novo Testamento.

A Jericó do tempo de Jesus era a segunda cidade da Judéia. Foi ali que Jesus curou o cego Bartimeu, e que Zaqueu recebeu a visita do Salvador em sua casa.

Por algum tempo Jericó fez parte da propriedade de Cleópatra, que foi dada por Antonio, sendo depois arrendada por Herodes, o Grande, que ali construiu muitos palácios e edifícios públicos. Foi destruída pelos romanos por volta do ano de 230 d.C.

*AS CRENÇAS SOBRE O ESCARAVELHO
Da família dos Lamelicór-neos, este tipo de besouro possuía algumas características sui generis: a fêmea punha seus ovos em pedaços de excremento, que eram acondicionados em buracos feitos na terra. As larvas que nasciam disso se alimentavam da matéria pútida e desenvolviam-se.

Do ritual da mumificação fazia parte retirar o coração do morto e substituir por um amuleto na forma de um desses bichos. Assim como ele era capaz de nascer da matéria putrefata, ajudaria o defunto a renascer e devido à sua íntima relação com o sol, poderiam auxiliar a jornada do desencarnado ao lado de "Rá", o deus Sol. O astro-rei portava os germes da vida, como a bola de excrementos e o ato de rolá-la para o buraco, guardava o significado do nascente e do poente. No amuleto lia-se a inscrição: Sou Thoth, inventor e fundador das curas e das terras; vem a mim, ó tu que estás debaixo da terra, levanta-te, ó grande espírito.


Ruínas de Jericó
Fonte: http://www.santovivo.net

CONHEÇA OS LOCAIS, POR ONDE O POVO HEBREU PASSOU.

O Êxodo
A arqueologia tem sido a maior amiga dos historiadores e estudiosos bíblicos na procura de locais e objetos que possam evidenciar o trajeto dos hebreus. Já são muitas as evidências encontradas no Egito e na Arábia Saudita.
No último século arqueólogos redescobriram evidências sobre a escravidão dos hebreus, as pragas e a fuga do Egito. A pintura abaixo é uma entre outras encontradas nas paredes da tumba de um comandante chamado Khnumhotep II (século XIX A.C.) onde estão registradas a entrada de um grupo de cerca de 37 palestinos (de barbas) trazendo suas mulheres, crianças, arcos, flechas, lanças, harpas, jumentos e cabras caracterizando que não se tratava de uma invasão, por causa da submissão aos egípcios (mulatos).
A figura n° 115 (imagem abaixo) da publicação The Ancient Near East in Pictures (Pritchard) mostra inscrições no Egito sobre o trabalho escravo (século XV A.C.) na fabricação de tijolos e na construção (Êxodo 1.11-14). Alguns textos egípcios mencionam cotas de tijolo e uma falta de palha, como em Êxodo 5.6-19.
Há sinais das pragas nas ruínas da antiga cidade de Avaris e no chamado "papiro de Ipuwer" encontrado no Egito no início do último século, levado para o Museu Arqueológico Nacional em Leiden na Holanda sendo decifrado por A.H. Gardiner em 1909. O papiro completo está no Livro das Advertências de um egípcio chamado Ipuwer. Este descreve motins violentos no Egito, fome, seca, fuga de escravos com as riquezas dos egípcios e morte ao longo da sua terra. Pela descrição ele foi testemunha de pragas como as do Êxodo. A tabela abaixo compara os relatos de Ipuwer e Moisés:
Papiro de Ipuwer
Êxodo de Moisés
2.5-6 A praga está por toda região. Sangue em toda parte.2.3 Certamente, o Nilo inunda mas não querem arar para ele.
2.7 Certamente, foram enterrados muitos mortos no rio; a corrente está como uma tumba.
2.10 Certamente, o rio está ensangüentado, e quando se vai beber dele, passam longe as pessoas e desejando água.
3.10-13 Essa é a nossa água! Essa é a nossa felicidade! O que faremos a respeito? Tudo são ruínas.
7.20 …e todas as águas do rio se tornaram em sangue. 7.21 ...os peixes que estavam no rio morreram, e o rio cheirou mal, e os egípcios não podiam beber da água do rio; e houve sangue por toda a terra do Egito.
7.24 ...os egípcios cavaram poços junto ao rio, para beberem água; porquanto não podiam beber da água do rio.
5.6 Certamente, as palavras mágicas foram descobertas (nas câmaras sagradas), os encantos e os encantamentos eram ineficazes porque são repetidos pelas pessoas. 8.18-19 Também os magos fizeram assim com os seus encantamentos para produzirem piolhos, mas não puderam...
2.10 Certamente, portões, colunas e paredes são consumidos pelo fogo.10.3-6 A casa real inteira está sem os seus servos. Ela tinha a cevada e o trigo, os pássaros e os peixes; tiveram roupas brancas e linho bom, cobre e azeites;
1.4 ...os habitantes dos pântanos possuem proteções;
6.1-3 A pessoa se alimenta da erva arrastada pela água... Para as aves não se encontra grão nem erva... a cevada pereceu em todas as estradas.
5.13 Certamente o que podia ser visto ontem, desapareceu. A terra está abandonada por causa da esterilidade e igualmente o corte de linho.
9.23-24 ...e fogo desceu à terra ... havia saraiva e fogo misturado...9.25-26 ...a saraiva feriu, em toda a terra do Egito, tudo quanto havia no campo, tanto homens como animais; feriu também toda erva do campo, e quebrou todas as árvores do campo. Somente na terra de Gosen [pântanos do Delta do Nilo] onde se achavam os filhos de Israel, não houve saraiva.
9.31-32 ...o linho e a cevada foram danificados, porque a cevada já estava na espiga, e o linho em flor; mas não foram danificados o trigo e o centeio, porque não estavam crescidos.
10.15 ...nada verde ficou, nem de árvore nem de erva do campo, por toda a terra do Egito.
5.5 Certamente, todos os rebanhos de cabras têm os corações chorando; os gados reclamam por causa do estado da terra.... 9.2-3 ... e da mesma maneira os rebanhos vagaram sem pastores ... os rebanhos vão desnorteados e nenhum homem pôde reuni-los. Cada um tenta trazer os que foram marcados com o seu nome. 9.3 ...eis que a mão do Senhor será sobre teu gado, que está no campo. sobre os cavalos, sobre os jumentos, sobre os camelos, sobre os bois e sobre as ovelhas; haverá uma pestilência muito grave.9.19 ...manda recolher o teu gado e tudo o que tens no campo; porque sobre todo homem e animal que se acharem no campo, e não se recolherem à casa, cairá a saraiva, e morrerão.
9.21 ...mas aquele que não se importava com a palavra do Senhor, deixou os seus servos e o seu gado no campo.
9.11 ... não amanheceu... 10.22 ... e houve trevas espessas em toda a terra do Egito por três dias.
4.3 (5.6) Certamente, os filhos dos grandes são lançados contra a parede.6.12 Certamente, as crianças dos grandes foram abandonadas nas ruas;
2.13 Certamente, as pessoas reduziram e quem põe seu irmão na terra encontra-se em todo lugar.
3.14 É um gemido que há pela terra, misturado com lamentações.
12.29 ...feriu todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava em seu trono, até o primogênito do cativo que estava no cárcere, e todos os primogênitos dos animais.12.30 ...e fez-se grande clamor no Egito, porque não havia casa em que não houvesse um morto.
7.1 Veja, certamente o fogo ascendeu às alturas e o seu queimar sai contra os inimigos da terra. 13.21 ... e de noite numa coluna de fogo para os alumiar, a fim de que caminhassem de dia e de noite.
3.2 Certamente, ouro, lápis azul, prata, turqueza, cornalina e bronze... é colocado no pescoço das escravas... 12.35-36 ...e pediram aos egípcios jóias de prata, e jóias de ouro, e vestidos.....de modo que estes lhe davam o que pedia; e despojaram aos egípcios.
7.2 Veja, quem havia sido enterrado como um falcão está em um caixão de madeira; aquilo oculto na pirâmide estava vazio. Assim morreu José, tendo cento e dez anos de idade; e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito. (Gênesis 50.26)13.19 Moisés levou consigo os ossos de José...
Outra evidência da passagem dos hebreus pelo Egito foi a descoberta do Vale das Inscrições (Wadi Mukattab) na Península do Sinai.
Uma das inscrições feitas por hebreus descreve com detalhes a fuga pelo Mar Vermelho. As inscrições foram feitas em hebraico antigo em pedras e arqueólogos e pesquisadores ainda não sabem dizer quem são seus autores. Há também hieróglifos egípcios a respeito das minas de turquesa da região de Serabit El Khadim, inscrições de mineiros Canaãnitas e Nabateanos, em grego, latim e árabe ao longo do vale.
O explorador Charles Forster publicou estes achados em seu livro "Sinai Photographed" em 1862. Ele concluiu que estas inscrições eram uma combinação de alfabetos hebreus e egípcios que descrevem o Êxodo. A foto abaixo foi tirada em 1857 por Francis Frith.
A mais recente descoberta sobre a passagem dos hebreus no Egito foi apresentada em 2003 quando 2 arqueólogos israelitas concluíram estudos dos anos 30 na parte ocidental do Nilo onde a Universidade do Instituto Oriental de Chicago estava fazendo escavações em Medinet Habu, área do sul da necrópole de Tebas. Arqueólogos descobriram evidências de algumas cabanas semelhantes às casas de 4 quartos predominantes na Palestina durante toda a Idade do Ferro (1200-586 A.C.).
Historiadores antigos e famosos também relataram a passagem dos hebreus no Egito:
Flavio Josefo, historiador judeu do 1° século D.C., em sua obra Josefo Contra Apion - I, 26, 27, 32 menciona dois sacerdotes egípcios: Maneto e Queremon que em suas histórias sobre o Egito nomearam José e Moisés como líderes dos hebreus. Também confirmaram que migraram para a "Síria sulista", nome egípcio da Palestina.
Diodoro Siculo, historiador grego da Sicília (aproximadamente 80 a 15A.C.) escreveu que "antigamente ocorreu uma grande pestilência no Egito, e muitos designaram a causa disto a Deus que estava ofendido com eles porque havia muitos estranhos na terra, por quem foram empregados rito estrangeiros e cerimônias de adoração ao seu Deus. Os egípcios concluíram então, que a menos que todos os estranhos se retirassem do país, nunca se livrariam das misérias".
Herodoto, historiador grego intitulado o Pai da História, escreveu o livro "Polymnia". Na seção c.89 escreve: "Essas pessoas (hebreus), por conta própria, habitaram as costas do Mar Vermelho, mas migraram para as partes marítimas da Síria, tudo que é distrito, até onde o Egito, é denominado Palestina". São localizadas as costas do Mar Vermelho, em parte, hoje o Egito, enquanto são localizadas as partes marítimas da Síria antiga, em parte, o atual Estado de Israel.

A Rota
O caminho para a terra dos filisteus (faixa de Gaza) era o mais curto mas para não haver confrontos a ordem foi seguir pelo caminho do deserto próximo do Mar Vermelho (Êxodo 13.17). Mesmo assim, até hoje a verdadeira rota do Êxodo é discutida e as 3 principais teorias são:
Teoria Tradicional - Normalmente aceita por católicos, judeus e evangélicos. Com algumas variações com relação ao lugar exato da travessia do Mar Vermelho, defende que os hebreus teriam contornado a península do Sinai, sem sair do Egito.
Localizado no Egito por indicação do Imperador Justiniano, o tradicional Monte Sinai vem sendo usado como ponto turístico. As Bíblias atuais mostram mapas indicando lugares por onde poderia ter passado o povo Hebreu mas sem nenhuma comprovação ou evidência arqueológica. A sua localização é longe de Midiã, região noroeste da Arábia Saudita.
Teoria de Ronald Eldon Wyatt - Já aceita por muitos atualmente pela sua quantidade de evidências. Acredita que até o Mar Vermelho os hebreus caminharam pelo tradicional "Caminho dos Reis" atravessando o Golfo de Ácaba.
Anestesista, arqueólogo amador americano e adventista. Foi o pesquisador mais contestado, criticado e até perseguido principalmente por não ser formado em arqueologia. Contudo, o único que realmente conseguiu reunir o maior número de evidências. Em 1984 fotografou (cerca de 400 fotos) e filmou (12 horas de gravação) a região árabe mas foi preso por 78 dias tendo o material apreendido pelas autoridades locais (suspeitavam ser um espião judeu) pois não queriam que suas descobertas fossem divulgadas. Após 8 anos de oração conseguiu reaver todo o material enviado pelos próprios árabes! Naquele momento estava hospedado num hotel na praia de Nuweiba, Egito. Morreu em Agosto de 1999.
Teoria de Emanuel Anaty - A mais recente, a mais rejeitada e a menos conhecida. Acredita que os hebreus teriam seguido o caminho para a Palestina.
Arqueólogo italiano que descobriu no deserto do Neguebe o Monte Carcom, que em hebraico significa "Monte de Deus". Sua localização é longe de Midiã. Pode ter sido um dos acampamentos hebraicos durante os 40 anos de peregrinação mas sem provas suficientes para afirmar. Situa-se entre Edom e o Egito, caminho para o Delta do Nilo utilizado por muitos quando havia fome na atual região Jordaniana.

A Travessia do Mar Vermelho

Durante muito tempo dizia-se que a travessia teria sido num lago ao norte do Mar Vermelho chamado de Mar de Juncos ou Lagos Amargos onde hoje foi aberto o Canal de Suez. Mas acredita-se que se dava este nome ao Golfo de Ácaba, um dos braços do Mar Vermelho.
Em 1988 o explorador americano Bob Cornuke defendeu a teoria de que a travessia teria sido no Estreito de Tiran, na entrada do Golfo de Ácaba, onde existe uma "ponte de terra" ("landbridge" em inglês) no nível do mar entre o Egito e a Arábia Saudita. Para ele a maré baixou e mais tarde subiu afogando os egípcios, ou seja, um evento natural. Porém, não foram encontradas evidências para comprovar sua teoria e o local é relativamente raso não sendo suficiente para afogar um exército de mais de 600 homens! A foto abaixo mostra o local.
Moisés foi claro em relatar o que viu: um vento oriental penetrou no mar formando "muros de água". É bem diferente de uma "ponte de terra"! Um evento sobrenatural provado pela arqueologia!
O local onde se obteve mais indícios da travessia foi a praia de Nuweiba no Golfo de Ácaba, no Egito. É a única praia no Mar Vermelho com área suficientemente grande para suportar a quantidade de hebreus acampados (mais de 2 milhões além dos animais e objetos).
Até este ponto calcula-se que o povo hebreu teria caminhado mais de 300km durante 6 dias praticamente sem parar! Havia alimentos para apenas 7 dias (Êxodo 13.6-8).
A imagem abaixo mostra uma vista aérea da praia onde está a pequena cidade de Nuweiba, onde o aluguel de equipamentos de mergulho para passeios submarinos é uma das principais atividades turísticas.

Foto de satélite ampliada da região. Os caminhos brancos são estradas entre os montes. Os hebreus e os egípcios vieram do norte (Êxodo 14.2).

Outra evidência é a planície do fundo do mar nesta área. As imagens abaixo foram montadas por mapeamento topográfico, e mostram que o mar é profundo ao sul (1700 m) e ao norte (900 m) da praia formando uma espécie de ponte submersa (cerca de 110 m de profundidade)! No fundo foram encontradas rochas agrupadas em linha reta na beira desta planície fazendo-a parecer uma estrada.
A distância entre a costa egípcia e a árabe é de cerca de 18 Km e calcula-se que a largura do caminho feito pelo afastamento das águas tenha aproximadamente 900 metros. Levando-se em consideração o forte vento nas laterais e que uma pessoa a passos largos (sem correr) leve 3 horas e meia para percorrer essa distância, estima-se que a travessia de quase 3 milhões de pessoas e de muitos animais (Êxodo 12.38) possa ter levado umas 6 horas.
Nesta foto de satélite os dados sobrepostos das medidas de profundidades são relacionadas entre si (os valores são razões). As linhas paralelas traçam a estrada submarina por onde as águas secaram.
Neste mapa a distância está em metros. A parte mais profunda da travessia assinalada é de 109m. Notar que ao norte tem 948 metros e ao sul 1720 metros, formando assim uma "ponte submersa".
A foto abaixo mostra a vista, ao nível do mar, para a praia de Nuweiba ao entardecer. A travessia foi feita durante a noite e ao amanhecer (Êxodo 14.20;24) os hebreus teriam visto imagem semelhante a esta logo após o afogamento dos egípcios.
Possivelmente teria sido aqui ou um pouco mais para o lado esquerdo, a festa dos hebreus (Êxodo 15.1-21) pois foi neste local onde foi encontrada uma coluna comemorativa erguida por Salomão. Ao fundo está a praia onde estavam acampados antes da travessia.
Esta outra mostra o local onde Faraó teria avistado o acampamento dos hebreus na praia antes da travessia (Êxodo 14.9-10). É o único caminho para a praia.

Foram encontradas duas colunas em estilo fenício sendo uma na praia do lado egípcio (Nuweiba) e outra do lado árabe. A primeira encontrada foi no lado egípcio em 1978 onde havia uma inscrição em hebraico destruída pela erosão (a parte inferior estava no mar) praticamente ilegível. A segunda, em 1984, no lado árabe é idêntica, tem a mesma inscrição em hebraico e tem legível as palavras: Egito; Salomão; Edom; morte; faraó; Moisés; e Jeová significando que foi erguida por Salomão, em honra a Jeová, e dedicada ao milagre da travessia do Mar Vermelho por Moisés e a destruição do exército egípcio. Semanas depois a coluna foi retirada e colocado um marcador-bandeira em seu lugar. Os árabes não apreciam estrangeiros pesquisando em sua terra, principalmente judeus e americanos.
Durante o reinado de Salomão, Israel foi uma potência no Oriente Médio onde obteve o controle marítimo da região (1 Reis 9.26 e II Crônicas 8.17). Há uma referência em Isaías 19.19 que acredita-se ser a coluna do lado egípcio.

A coluna do Egito.


A coluna da Arábia antes...


... e o marcador depois!
O local da praia onde se iniciou a travessia: A base da coluna estava sob a água e foi removida por soldados israelenses para atrás da estrada principal que beira a praia. Israel ocupou a região da península do Sinai entre 1967 e 1982.
O vento com força sobrenatural veio do lado árabe (das montanhas ao fundo) na direção do povo mas se dividiu em duas correntes de ar separando as águas sob a forma de muros que, afastados criaram um caminho sem água (Êxodo 14.22). Dependendo da altura da maré no dia, esses muros de água chegavam a cerca de 100m na parte mais profunda, no meio da travessia. Quando o vento parou, a pressão do retorno das águas foi suficiente para matar e afogar os egípcios! Os capitães nos carros e os cavaleiros de Faraó se afogaram (Êxodo 15.4). Notar no mar a pouca profundidade no início da travessia pela sua tonalidade mais clara e a parte mais escura onde é mais profundo.
Periódicamente pesquisadores mergulham no local da travessia buscando materiais como ossos, cascos, rodas, restos dos carros egípcios entre outros objetos. É normal o mergulho de turistas em busca das belas paisagens submarinas e alguns até encontram esses materiais.
Abaixo estão alguns dos achados no fundo do mar em profundidades de até 60m a partir de 1978 por Wyatt:
Fêmur humano.
Agrupamento de costelas humanas
 

Alinhamento das rochas localizado na lateral da travessia. Naquele dia, o afastamento das águas criou um caminho limpo de obstáculos que parcialmente existe até hoje. Neste local, as formações de corais são bem diferentes das outras áreas do golfo

Rodas com eixos incrustados de corais.
Foram encontradas rodas de 4, 6 e 8 raios. As rodas de 8 raios só foram fabricadas na 18a dinastia dos faraós. O rei do Egito usou toda a sua frota de carros (Êxodo 14.6-7) com todos os tipos de rodas existentes. Estas foram encontradas próximas da costa árabe.
Duas rodas com eixo.
As rodas folheadas com metal (ouro com prata) cuja madeira se decompôs com o tempo, provavelmente eram dos carros dos oficiais, praticamente não foram cobertas pelos corais. Uma relíquia arqueológica!



Reconstituição retirando os corais de uma roda de 8 raios. Nota-se a ausência de um deles.
Roda de 6 raios com eixo. Um detector de metais submarino acusou presença de ferro nesta formação próxima da costa egípcia.

Os Hicsos, povo semita que conquistou e dominou parte do Egito durante cerca de um século, introduziram os carros de guerra no país. Foram expulsos pelo faraó Amósis (1540-1515 AC) alguns séculos antes do Êxodo. Esta mudança levou os hebreus à escravidão.
Foto de um carro egípcio da época. Era da 18a dinastia dos faraós e é notável a semelhança com as rodas encontradas no mar.
Em 1997 uma equipe de pesquisadores filmou o fundo do mar comprovando a descoberta de Wyatt. As imagens foram exibidas num programa de TV (1° video e 2° video).

Passagem por Mara, Elim e Refidim

Depois de 3 dias chegaram a um local chamado Mara onde as águas eram amargas (Êxodo 15.23). Em 1988 o explorador Bob Cornuke e seu amigo Larry Williams encontraram uma fonte de águas amargas próximo ao Mar Vermelho, no lado da Arábia Saudita. As fotos abaixo mostram o local.

O oásis de Elim onde haviam 12 fontes e 70 palmeiras (Êxodo 15.27).

Nos montes deste local arqueólogos Sauditas escavaram cavernas como a da foto abaixo. Informaram ao explorador Bob Cornuke que encontraram escrituras sobre a passagem de Moisés pelo local bem como as tumbas de Jetro e Zípora. Porém esta informação não foi confirmada.
A rocha em Horebe (Massá e Meribá), em Refidim, e uma vista da fenda por onde saía a água (Êxodo 17.6). Nota-se a erosão e o alisamento provocados pela nascente. Sua localização é próxima ao Monte Sinai (Êxodo 3.1), a menos de 24h a pé (Êxodo 19.1-2).


Ficaram alguns dias em Refidim. Foi aqui que Zípora, mulher de Moisés e seus 2 filhos (Gérson e Eliézer nascidos em Midiã) voltaram para casa contando a seu pai Jetro, como foi a fuga do povo. Em seguida, com seu pai e seus filhos, retornou para Moisés (Êxodo 18.1-4).
Também neste local ocorreu a guerra contra os amalequitas (Êxodo 17.8-13).

Na foto, o altar de Moisés "Jeová-Níssi" (O Senhor é Minha Bandeira) localizado cerca de 200m da rocha (Êxodo 17.15).


O Monte Sinai

A nomeação do tradicional Monte Sinai no Egito surgiu quando o Imperador Justiniano edificou o Monastério de Santa Catarina no ano de 527, dois séculos depois de Helena, mãe do Imperador Constantino, ter construído uma pequena igreja no mesmo vale, na península do Sinai, embora não tenha indícios arqueológicos nem relatos bíblicos do local. Mas em Êxodo 3.12 deixa claro que o monte verdadeiro fica fora do Egito e que Moisés esteve lá pastoreando quando vivia com seu sogro em Midiã.
A foto abaixo mostra o tradicional Monte Sinai que é visitado durante séculos por turistas e religiosos. O vale é pequeno e não tem espaço para acomodar mais de 2 milhões de hebreus (600 mil eram de homens que foram a pé) com seus animais e objetos.
O mapa abaixo mostra a sua posição geográfica e o trajeto (em vermelho) defendido por pesquisadores durante anos, mesmo sem achados que o comprovem. Mapas semelhantes estão nas Bíblias atuais.
A foto de satélite e o mapa mostram o trajeto defendido e em grande parte comprovado por Ronald Wyatt. O local chamado Etham (ou Etã) é próximo da cidade hoje conhecida como El Thamad.

O mapa abaixo mostra o trajeto pós-travessia. Notar que os hebreus voltaram a acampar em outro local do Mar Vermelho (Golfo de Ácaba) após terem saído de Elim (Números 33.10).
 

Em Êxodo 3.12 confirma que o Monte Sinai localiza-se fora do Egito e que Moisés esteve no local quando apascentava as ovelhas de Jetro, seu sogro e sacerdote de Midiã, região noroeste da Arábia (Êxodo 3.1). Portanto o Monte Sinai não poderia ser tão distante do local onde Moisés vivia, como vem sendo informado durante séculos.
Depois de realizadas buscas nas áreas da rota do Êxodo a partir de 1761, foi então encontrado na Arábia Saudita o que se chama hoje de o verdadeiro Monte Sinai. Neste lugar bastante amplo existem evidências mostradas nos livros de Moisés como pode-se ver nas fotos abaixo tiradas em 1984. Em Gálatas 4.25 confirma que o Monte Sinai fica na Arábia! Em árabe a região montanhosa se chama "Jebel El Lawz" e os árabes beduínos da região a chamam de "Jebel Musa" (Montanha de Moisés).

O local é até hoje conhecido como Horebe (Wadi Hurab)! Na verdade uma cadeia de montes que formam um "C" semelhante a um anfiteatro conforme mostra o mapa abaixo.


Mapa da região - Horebe em cor de laranja.
O pico do monte está "queimado" (carbonizado) conforme descrito em Êxodo 19.18-20, 24.17 e Deuteronômio 4.11. Exploradores quebraram algumas rochas e comprovaram que são de granito e escuras apenas por fora! É o local mais alto da região (mais de 60 metros de altura). Fica ao centro e na parte traseira da montanha.
Vista do pico para Refidim.
A rocha com a fenda está localizada no monte menor no centro da foto.
A foto de satélite abaixo mostra a diferença geográfica entre o tradicional Monte Sinai em AZUL (na península do Sinai), e o encontrado com evidências em AMARELO (na Arábia Saudita). Em VERDE a praia onde acamparam os hebreus e a travessia do Mar Vermelho (no Golfo de Ácaba).
Outra foto de satélite com mais detalhes.

A Primeira Terra Santa dos Hebreus (Êxodo 3.5)
Outras evidências encontradas no local onde os hebreus teriam permanecido por cerca de 2 anos recebendo as leis e os estatutos. A foto mostra a vista para a área sagrada e para o arraial.
A: Casa da Guarda Árabe. Ao tomarem conhecimento das descobertas os árabes reconheceram a importância do local, declarando-o um sítio arqueológico.
B: Altar do Bezerro de Ouro (Êxodo 32.5,19). Situado ao pé de um monte pertencente a Horebe em frente ao Sinai a cerca de 1500 metros deste.
C: As doze colunas (Êxodo 24.4).
D: Altar de terra ao pé do monte (Êxodo 20.24 e 24.4).
E: Barreira de poços feita por Moisés para delimitar a área sagrada (Êxodo 19.23). O arraial dos hebreus situava-se atrás, da esquerda para a direita cobrindo toda a área entre os montes.
É evidente o contorno (em azul) da marca deixada pelo ribeiro que descia do monte até o arraial (Deuteronômio 9.21).
A água descia e acumulava nos poços dando condições ao povo de viver no local. Foram encontrados diversos vestígios desses poços conforme a foto abaixo (ver "well").
Platô de onde foi tirada a foto da área sagrada e do arraial em 1984.
No monte em frente ao pico existem pedras em forma de tábuas (Êxodo 24.12). Notar que há uma árvore crescendo entre as pedras. Logo abaixo destas existe uma caverna (parte escura um pouco abaixo do centro da imagem). Acredita-se ser a mesma na qual Elias se refugiou quando temeu a Jezabel (1 Reis 19.8-9), esposa do rei israelense Acabe.
Vista de dentro da caverna. Talvez tenha sido usada por Moisés.

Mapa arqueológico do local.


As partes restantes das doze colunas e do altar (Êxodo 24.4). Os árabes o desmontaram levando parte das pedras para uma mesquita na cidade de Hagl assim que as autoridades tomaram conhecimento das descobertas de Ronald Wyatt. Moisés é reconhecido pelos árabes como profeta.
O altar do bezerro de ouro feito por Arão (Êxodo 32.5) que foi reconhecido pelas autoridades árabes como um tesouro arqueológico, sendo vigiado por guardas.
Muitos desenhos (petróglífos) de vacas e touros no estilo egípcio foram encontrados no altar. Os árabes ficaram admirados com a descoberta pelo fato deste estilo não ter sido achado em qualquer outro lugar na Arábia Saudita. Aqui estão alguns deles:
Todo esse tesouro arqueológico foi encontrado conservado e praticamente intacto devido ao fato da região ser no meio do deserto, longe de oásis como o de Elim, ainda existente.

Al Bad - Moradia de Jetro?
Um antigo mapa encontrado na Arábia mostra que a cidade de Al Bad teria sido o local onde o sogro de Moisés morava provando que o sacerdote de Midiã era conhecido e respeitado.
Está localizada a sudoeste do Monte Sinai e no mapa maior está assinalada pela seta inferior.
A foto abaixo mostra a região onde Moisés viveu 40 anos com sua nova família depois de fugir do Egito.



Outro Monte Sinai?
Recentemente foi sugerido um "terceiro Monte Sinai" no deserto do Neguebe na fronteira entre Israel e o Egito, chamado de Monte Carcom que em hebraico significa "Monte de Deus" e fica entre o Golfo de Ácabe e o Mediterrâneo. Foram encontrados acampamentos circulares feitos com pedras, um desenho com 10 retângulos em uma pedra (foto abaixo) e 12 pedras posicionadas lado a lado em forma de colunas.
Mas em Êxodo 13.17-18 relata que os hebreus foram para o oriente pelo caminho do sul, próximo ao Mar Vermelho, basicamente a mesma direção que tomou Moisés quando fugiu do Egito. A diferença é que desta vez Deus mandou Moisés voltar e ir até a praia.
O monte Carcom pode ter sido lugar de um dos acampamentos de Moisés como nos dos montes Sefer e Hor (Números 33.23 e 37), por exemplo. Todos esses montes podem ter outros nomes nos dias de hoje. Além disso o que contraria as descobertas é a datação feita do local: 2200 AC, ou seja, cerca de quase mil anos antes do êxodo, antes até mesmo de Abraão! Não há evidências suficientes para afirmar que o povo hebreu tenha acampado naquele local.

Imagens de Satélite da Região



Conclusão
De todos os achados e descobertas estas são incontestáveis: As colunas comemorativas no local da travessia, os restos dos carros dos egípcios a mais de 30m de profundidade e o pico do monte carbonizado.


Reportagens do jornal Discovery Times sobre os achados arqueológicos



fonte:http://arqbib.atspace.com/