Símbolo máximo do cristianismo, a cruz é associada a Jesus Cristo e vista em igrejas e altares. Nesta postagem, vamos apresentar 20 fatos sobre a morte de Jesus Cristo na cruz,
sob um ponto de vista menos religioso, e mais científico. Você vai
saber como a cruz era utilizada na antiguidade como método de execução.
Além disso, vai conhecer o que ocorreu com o corpo de Jesus durante o
processo de crucificação.
- A crucificação foi um método de execução cruel utilizado na Antiguidade e comum tanto em Roma quanto em Cartago. Abolido no século IV, por Constantino,
consistia em torturar o condenado e obrigá-lo a levar até o local do
suplício a barra horizontal da cruz, onde já se encontrava a parte
vertical cravada no chão.
- Uma vez posto na cruz, de braços
abertos, o condenado era amarrado e pregado na madeira pelos pulsos e
pelos pés e morria, depois de horas de exaustão. A morte ocorria por
parada cardíaca ou asfixia, pois a cabeça pendida sobre o peito
dificultava a respiração.
- Acredita-se que a crucificação foi criada na Pérsia, sendo trazido no tempo
de Alexandre para o Ocidente, sendo então copiado dos cartagineses
pelos romanos. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e
tortura, e por isso o processo de crucificação era olhado com profundo
horror.
- O castigo da crucificação começava com flagelação,
depois do criminoso ter sido despojado de suas vestes. Na ponta do
açoite, os soldados fixavam pregos, pedaços de ossos, e coisas
semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes
o flagelado morria em consequência do açoite.
- Para abreviar a morte, os torturadores
às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo totalmente sua
capacidade de sustentação. No entanto, era mais comum a colocação de
“bancos” no crucifixo, o que fazia com que a vítima vivesse por mais
tempo. Nos momentos finais, falar ou gritar exigia um enorme esforço.
- A crucificação é geralmente associada à Jesus Cristo
que, segundo as escrituras, teria sido morto desta forma. Considerando o
que é narrado nos Evangelhos, alguns pesquisadores, como Jim Bishop,
analisaram cientificamente como foi o sofrimento de Jesus, desde de sua
captura, até a sua morte.
- De acordo com os Evangelhos, no jardim
do Getsêmani, Jesus Cristo suou gotas de sangue. Segundo a medicina,
sob um grande stress emocional, vasos capilares nas glândulas
sudoríparas (responsáveis pela transpiração) podem partir, misturando
sangue com suor. Este fenômeno raro é chamado de hematidrose.
- Após ser levado à presença de Caifás e, posteriormente, de Pilatos,
Jesus Cristo foi condenado. Em seguida, foi levado para ser torturado e
flagelado. O açoite usado na flagelação era descido com toda a força
vez após outra nos ombros, costas e pernas do condenado.
- No primeiro contato, o açoite cortava
apenas a pele. Então os golpes continuavam, cortavam mais profundamente o
tecido subcutâneo, produzindo primeiramente um gotejamento de sangue
dos vasos capilares e veias da pele e finalmente jorros de sangue
arterial das veias dos músculos.
- Além da tortura, Jesus era motivo de
chacota, pois era denominado rei dos judeus. Os soldados romanos,
ironicamente, vestiram um manto sobre os ombros de Jesus e colocaram um
bastão em suas mãos como um cetro real. Em sua cabeça foi depositada uma
coroa de espinhos.
- Os espinhos utilizados na coroa eram
agudos, longos e curvos. Uma vez cravados na cabeça de Jesus, os
espinhos atingiram ramos de nervos que provocam dores terríveis quando
são irritados. É o caso do nervo trigêmeo, na parte frontal do crânio, e do grande ramo occipital, na parte de trás.
- Cansados da brincadeira, os romanos
arrancaram a túnica bruscamente. O manto já tinha aderido às costas em
carne viva junto aos coágulos de sangue e soro das feridas, e a sua
retirada causava intensa dor. As feridas começaram a sangrar novamente.
- Após o suplício dessa coroação,
amarraram nos ombros de Jesus a parte horizontal de sua cruz (cerca de
22 quilos) e penduraram em seu pescoço uma placa com o nome e o crime
cometido pelo crucificado, em latim, INRI – Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus.
- A parte vertical da cruz ficava
esperando pelo condenado. Jesus teve que caminhar um pouco mais de meio
quilômetro (entre 600 a 650 metros) para chegar ao lugar do suplício,
conhecido como Golgotha, “lugar da caveira”. Hoje se chama, pela tradução latina, calvário.
- Antes de começar o suplício da
crucificação, era costume dar uma bebida narcótica (vinho com mirra e
incenso) aos condenados, com o fim de diminuir um pouco suas dores.
Segundo o Evangelho, quando apresentaram essa bebida a Jesus, ele não
quis bebê-la.
- Com os braços estendidos, mas não
tensos, os pulsos eram cravados na cruz. Desta forma, os pregos de
aproximadamente 12,5 centímetros eram provavelmente postos entre o rádio
e os metacarpianos, ou entre as duas fileiras de ossos carpianos. Estes
locais conseguiam sustentar o peso do corpo.
- Uma vez com o prego nos pulsos, a
parte horizontal da cruz foi erguida e encaixada na parte vertical. Em
seguida, colocaram o pé esquerdo sobre o direito, e deixando-os
totalmente estendidos, atravessaram o prego, cravando-lhes na madeira e
com os joelhos flexionados. A crucificação estava completa.
- Assim que Jesus pendia lentamente para
respirar e colocava peso nos punhos, uma dor alucinante era sentida nas
mãos, subia pelos braços e explodia no cérebro, uma vez que os pregos
nos punhos pressionavam os nervos médios desse membro.
- O mesmo ocorria ao sustentar o peso do
corpo nos pés. Após horas de sofrimento, os músculos quase totalmente
paralisados traziam-lhe uma parcial asfixia e fortes dores vindas de
suas costas quando estas eram esfregadas contra a madeira áspera.
- Segundo a medicina, Jesus pode ter
morrido devido a perda de sangue no corpo (choque hipolovêmico) por
causa das várias lesões. A perda de sangue levou a uma diminuição ou
ausência de oxigênio no cérebro (hipoxia-anoxia) e subsequente
insuficiência cardíaca e respiratória.
Fonte: http://www.historiadigital.org
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