A trajetória do rádio evangélico no Brasil é marcada por
aventuras e emoções, acompanhada com o crescimento e até o surgimento das
igrejas, que agora já investem em outros meios de comunicação de massa,
ampliando, assim as “suas áreas de domínio”.
Guglielmo Marconi, inventor do rádio, declarou a um grupo de
religiosos americanos que o rádio era uma invenção que Deus tinha propiciado a
igreja. Daí, concluímos duas verdades importantes: Marconi não esconde o seu
lado religioso (herança de seu pai), e nessa afirmação, está implícita a missão
evangelística da igreja no rádio (Mc 16.15).
O PRIMEIRO PROGRAMA DO RÁDIO EVANGÉLICO

Atualmente, o pastor Fernando Iglesias Martins apresenta o
programa desde 2007, sucedendo Roberto Mendes, que faleceu em 16 de agosto de
1996, em Curitiba, Paraná.
Afinal é quase incerto o pioneirismo do rádio gospel; só
abemos que este veículo foi fundamental para a pregação do evangelho.
O RÁDIO PENTECOSTAL, UMA BATIDA DIFERENTE!
Nas Assembleias de Deus a discussão sobre a licitude do rádio para fins evangelísticos iniciou com o missionário sueco Albert Wedmer, na Convenção geral de 1937, no Estado de São Paulo. Finalmente aprovaram o uso do rádio para estes fins, mas, quanto ao crente tê-lo em casa, foi proibido para evitar que alguém o supervalorizasse, deixando de congregar-se ao ouvir músicas e programações seculares. Quem procedesse dessa forma podia até ser excluído da igreja.
No ano seguinte à Convenção, chega o missionário Nils
Lawrence Olson (imagem abaixo) trazendo uma vasta experiência radiofônica dos
Estados unidos, quando pastoreava na cidade de Portage, Estado de Wisconsin.
Aqui no Brasil ele lança o seu primeiro programa, em Minas Gerais, na Rádio
Cultura de Lavras. No dia 2 de janeiro de 1955, Olson lança o programa “Voz das
Assembleias de Deus”, na Rádio Tamoio. Todo o Brasil ouvia Lawrence Olson. Os
crentes mais antigos ainda colecionam os seus LPs, como por exemplo, “O dia
mais longo da história”. A “voz das Assembleias de Deus” foi essencial na
evangelização do Brasil.
Em janeiro de 1956, “O Brasil para Cristo” inicia as suas
atividades radiofônicas por meio de seu fundador Manoel de Mello, quando criou
a “A voz do Brasil para Cristo”, apresentado em São Paulo pela Rádio
Piratininga. Este apresentador diferenciava-se de Lawrence Olson por criticar o
Catolicismo Romano, algo que permanece até hoje o rádio evangélico!
Com os despertamentos espirituais que “sacudiu” o Brasil nos
anos 60, o zelo evangelístico marcou fortemente as igrejas avivadas. Nesse
tempo, José Rêgo do Nascimento e Rosalee Aplebby estrearam “Renovação
espiritual”, pela Igreja Batista da Lagoinha, na Rádio Guarani, em Belo
Horizonte. Na mesma década, Harold Willians apresenta “Visita ao seu lar”, pela
Rádio Difusora, São Paulo. Este foi o primeiro programa radiofônico da Igreja
Quadrangular.
Em 1961, entra no ar “Renovação Espiritual” de Eneás
Tognini, pela Rádio América, São Paulo. Este foi um dos mais bem sucedidos
locutores, haja vista a expansão do seu trabalho em rádios, como: Copacabana,
Piratininga, Gazeta de São Paulo, dentre outras.
Ainda na década de 60 entra no ar “A voz da Nova Vida”, por
Roberto MacAlister, em 01 de agosto de 1960, pela Rádio Copacabana. Segundo
Isael de Araújo, os programas eram produzidos no estúdio da sua própria casa;
num quarto coberto por panos e lençóis, para minimizar o barulho. O estúdio
contava com dois gravadores Ampex e um toca-discos. Para gravar um programa de
15 minutos MacAlister gastava, em média, 8 horas. Nessa época, a Igreja
Pentecostal Nova Vida comprou a Rádio Relógio, que atualmente é propriedade
exclusiva da Igreja Internacional da Graça de Deus.
Os registros de Isael de Araújo informam que a Igreja
Pentecostal Deus é Amor investe em rádio desde a sua fundação (1964), quando
lançou “Voz da Libertação”, apresentado por David Miranda. Tudo era feito em
São Paulo e retransmitido em dezenas de rádios do Brasil e até no exterior.
Como nas outras igrejas, o rádio exerceu grande importância
para a igreja Universal do Reino de Deus. A Universal comprava horários em
várias emissoras e o seu primeiro programa durava apenas 15 minutos, na Rádio
Copacabana. Esta rádio, como você já observou, transmitiu muitos programas
evangélicos de várias denominações, apesar de não ser evangélica. Atualmente a
Copacabana faz parte do grupo da Universal, desde 1984. No ano de 1995, a IURD
criou a Rede Aleluia, com 19 afiliadas, cobrindo 75% de todo o território
nacional, sendo a maior rede de rádios evangélicas do Brasil.
Como já sabemos a Igreja Internacional da Graça de Deus
adquiriu a Rádio Relógio e apartir daí montou a “Nossa Rádio FM”. A Igreja
Evangélica Cristo Vive está no ar desde 1985 e mantinha o programa “Posso Crer
no Amanhã”, na Radio Bandeirantes e na Rádio Metropolitana.
Portanto queridos internautas, a história do rádio gospel
está intimamente ligada com a história das diversas denominações do Brasil. Há
14 anos O Estado de São Paulo informou que 20% das rádios brasileiras estavam
nas mãos de evangélicos. Com o advento da Internet o rádio evangélico não ficou
para traz. Pelo contrário ele já acompanha o crescimento tecnológico e nunca
cai de moda. Continua sendo o meio mais acessível na Pregação das boas-novas.
As igrejas investem nas rádios-web, como por exemplo, a Rádio CPAD. O próximo
passo das igrejas evangélicas é o Rádio Digital. Enquanto isso cabe a nós
orarmos para que Deus abra as portas e assim cumpriremos o “Ide” de Jesus(Mc
16.15). Até lá!
Fonte:http://wwwalecksonmarcosblogspotcom.blogspot.com.br/
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