Estamos em pleno mês sagrado para o islamismo: o Ramadã. Já
sabemos o que ele representa: jejuns, oração, comemoração de quando o Corão foi
revelado a Maomé. Mas o que isso significa para os cristãos que vivem entre
muçulmanos?
Pr. Caleb Mubarak, missionário no Norte da África, escreve
em carta aos seus adotantes exatamente sobre isso. Passando o seu nono Ramadã
no mundo islâmico, nosso missionário afirma que sempre vivencia como se fosse a
primeira vez e afirma que comunidades cristãs em países de maioria islâmica
consideram este mês como “o mês do mal”.
Caleb diz que em muitos desses países, a liberdade religiosa
registrada na constituição não passa de uma enganação para os internacionais
verem. Nesses lugares, a pessoa pode ser presa se admitir não estar jejuando ou
comer na frente de alguém. Isso é considerado ofensa grave e pode punir o
infrator com seis meses de prisão. Praticar o Ramadã se torna forçoso por lei e
por imposição da religião.
“Os cristãos de origem muçulmana precisam ter muita cautela
durante o Ramadã. Eles podem facilmente incomodar os muçulmanos do país, mesmo
atuando com amor e piedade. Considerados apóstatas, esses cristãos são
frequentemente expulsos de suas comunidades, deserdados e desprezados por suas
famílias, e muitas vezes ameaçados de morte. Ataques às igrejas e a cidadãos
cristãos costumam acontecer durante o mês do Ramadã”, afirma Calebe.
Outras crenças em torno do Ramadã geram controvérsias.
Muitos muçulmanos creem que Alá acorrenta os maus espíritos (gênios) durante o
Ramadã para que os fiéis possam praticar sua fé. Caleb fala sobre a ironia
deste pensamento, uma vez que as pessoas evitam interações sociais e discussões
religiosas, pois é quando mais crimes e brigas acontecem.
Este ano, em particular, o mês foi banhado de sangue, haja
vista as ocorrências de ataques na Tunísia, França, Kuwait e Somália em um só
dia. “Será que esses ataques estão conectados de alguma maneira, ou seria uma
simples coincidência?”, pergunta Calebe, e segue explicando que todos esses
atentados ocorreram na segunda sexta-feira do Ramadã, dia mais sagrado para os
muçulmanos. “Foi justo no ‘seu dia santo’ que os jihadistas produziram o terror
ao redor do mundo, em três diferentes continentes”. Calebe se refere aos 27
mortos e 222 feridos no ataque a uma mesquita no Kuwait, e às dezenas de mortos
na Somália.
A oração é a chave para mudar este quadro. Uma de nossas
missionárias, num país diferente de onde está Caleb, teve a oportunidade de testemunhar
à esposa de um terrorista do Estado Islâmico. A mulher se converteu ao
cristianismo! O impossível pode acontecer.
Nosso missionário também vê na oração a chave para a
mudança. Ele pede que oremos pelos bilhões de muçulmanos que jejuam do nascer
ao pôr do sol, sem consumirem nem água, numa busca frenética por aproximação
com Deus. Muitos deles têm de ser levados ao hospital por causa de
desidratação. No Norte da África e Oriente Médio esta é a época mais quente do
ano e a luz do dia, em alguns lugares, permanece até 22h. Mulheres e crianças
são as mais afetadas.
“Ore por aqueles muçulmanos que, sinceramente, buscarão o
Senhor durante a Noite do Poder ou Noite do Destino (quando os muçulmanos
acreditam que o céu se abrirá, e o próprio Deus estará atento aos pedidos dos
fiéis). Que eles possam ter um encontro pessoal com o Verdadeiro Deus. A noite
do poder será no dia 14 de julho”, diz Caleb.
Ele pede ainda, por um amigo a quem tem testemunhado de
Cristo. Ele o chama de “Servo Generoso”. Ele precisa ter seus olhos abertos,
livres das “escamas da religião islâmica”, para enxergar e experimentar Cristo,
a verdadeira religião (religação) com Deus.
Fonte:http://www.pulpitocristao.com
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