
A Origem do Violão
A origem do Violão não é muito clara. Sua história começa há
cerca de 2.000 anos a.C.
Na antiga Babilônia, arqueologistas encontraram placas de
barro com figuras tocando instrumentos musicais, muitos deles
similares ao violão atual (1900-1800 a.C). Um exame mais detalhado nos mostra
que há diferenças significativas no corpo e no braço: Também o fundo é chato,
portanto sem relação com o alaúde, de fundo côncavo.
As cordas são pulsadas pela mão direita (para os destros),
mas o número de cordas não é claro; em algumas placas, pelo menos duas cordas
são visíveis.
Indícios de instrumentos similares ao violão foram
encontrados em cidades como Assíria, Susa e Luristan.

Em Roma: Surge instrumento totalmente de madeira (30 a.C-400
d.C). O tampo, que antes era de couro cru (semelhante ao banjo) agora é de
madeira e possui cinco buracos. É importante frisar que nas catacumbas egípcias
foram encontrados instrumentos, com leves curvas características do violão.
O primeiro instrumento de cordas europeu, de origem
medieval, data de 300 anos depois de Cristo, e possuía um corpo arredondado que
se interligava com um braço de comprimento considerável. Este tipo de
instrumento foi utilizado por muitos anos e foi o antepassado provavelmente da
Teorba.
Há também a descrição de outro instrumento datado da
Dinastia Carolingian, que pode ser de origem tanto alemã como francesa. Este
instrumento possuía formato retangular e seu corpo era equivalente ao seu
braço.
Em ilustrações pode se observar que na “mão ” do instrumento
(de formato arredondado) se encontravam quatro, e às vezes cinco tarraxas de
afinação, com um número de cordas equivalente. Este instrumento manteve seu
formato e suas definições até o século quatorze.
Paralelamente a este instrumento, outro começou a se
desenvolver. Possuía leves curvas nas laterais do corpo tornando-o mais
anatômico e confortável. Descrições deste instrumento foram encontradas em
catedrais inglesas, espanholas e francesas datadas do fim do século quatorze.
É importante frisar que haviam distinções, como a guitarra
Latina e a guitarra Morisca. A guitarra Morisca, como o nome indica, tinha
origem Moura, devido a colonização da Espanha e da África do Norte.
Este instrumento possuía um corpo oval e o tampo possuía
vários furos ornamentados chamados de Rosetas. Era totalmente remanescente do
Alaúde, e dentro deste conceito uma série de outros modelos, com diferentes
números de cordas também existiam.

Já a guitarra Latina, tinha as curvas nas laterais do corpo
que marcariam o desenho já quase definitivo do instrumento. A guitarra latina
(assim como a Morisca) tinham muita popularidade na Europa Medieval.
Essa popularidade se devia principalmente a presença dos
“Trovadores”, músicos de natureza nômade que com suas performances e constantes
viagens enriqueceram a cultura europeia, e impulsionaram a popularidade e
reconhecimento do instrumento.
Até a Idade Média as informações sobre a guitarra eram
obtidas de maneira indireta na sua maioria, através de afrescos, pinturas e
pequenas anotações da época.
A partir do período Barroco, as informações sobre
instrumentos em geral e sobre música são muito mais claras e precisas.
Há duas hipóteses mais aceitas atualmente, e que Emílio
Pujol cita na sua conferência em Paris, no dia 9 de novembro de 1928,
intitulada “La guitarra y su História”:
Primeira hipótese para a origem do violão
O violão seria derivado da chamada Khetara grega, que com o
domínio do Império Romano, passou a se chamar Cítara romana. Era também
denominada de Fidícula.
Teria chegado à península Ibérica por volta do século I d.C.
com os romanos; este instrumento se assemelhava à Lira e, posteriormente foram
acontecendo as seguintes transformações: os seus braços dispostos na forma da
lira, foram se unindo, formando uma caixa de ressonância, à qual foi
acrescentada um braço de três cravelhas e três cordas.
A esse braço foram feitas divisões transversais (trastes),
para que se pudesse obter várias notas de uma mesma corda, a ser tocado na
posição horizontal. Assim, ficam estabelecidas as principais características do
Violão.
Segunda hipótese para a origem do violão
O violão seria derivado do antigo Alaúde Árabe que foi
levado para a península Ibérica através das invasões muçulmanas, sob o comando
de Tariz, por volta dos anos 711 – 718.
O Alaúde Árabe que penetrou na península na época das
invasões, foi um instrumento que se adaptou perfeitamente às atividades
culturais da época e, em pouco tempo, fazia parte das atividades da corte.
Esse instrumento musical era conhecido desde o século VIII,
tanto o de origem grega, como o Alaúde Árabe, e viveram mutuamente na Espanha.
Isso se pode comprovar pelas descrições feitas no século
XIII, por Afonso, o sábio, rei de Castela, e Leão (1221-1284), que era um
trovador e escreveu célebres cantigas através das ilustrações descritas nas
cantigas de Santa Maria. E assim pôde-se comprovar que no século XIII existiram
dois instrumentos distintos, convivendo juntos.
O primeiro era chamado de Guitarra Mourisca e era derivado
do Alaúde Árabe. Este instrumento possuía três pares de cordas e era tocado com
um plectro (espécie de palheta); possuía um som ruidoso.
O outro era chamado de Guitarra Latina, derivado da Khetara
Grega. Ele tinha o formato de oito, com incrustações laterais, o fundo era
plano e possuía quatro pares de cordas. Era tocado com os dedos e seu som era
suave, sendo que o primeiro estava nas mãos de um instrumentista árabe e o
segundo, de um instrumentista romano.
Isso mostra claramente as origens bem distintas dos
instrumentos, uma árabe e a outra grega; que coexistiram nessa época na
Espanha.
Vemos, portanto, como a origem do Violão e sua evolução
estiveram intimamente ligadas à Espanha e a sua história.
Quantas cordas tem um violão?
Na idade média, era um fato comum encontrar instrumentos
musicais de três, quatro e cinco cordas. A “guitarra de quatro cordas” tinha
muita popularidade no século quinze, porém no século dezesseis a guitarra de
cinco cordas assumiu posto de instrumento predileto europeu.
O primeiro indício de uma guitarra de cinco cordas foi uma
gravura Italiana datada do século quinze. O instrumento representado é pelo
menos igual em tamanho em relação ao seu semelhante moderno.
A sua caixa sonora é um pouco maior que a do violão moderno,
e apresenta uma construção refinada que chama a atenção, o que é característico
de instrumentos de luthieres italianos.
A guitarra italiana possuía uma derivada, chamada de
“Guitarra Batente”. O mesmo sendo observado na França, com a “Rizzio Guitarre”.
A afinação dessa guitarra de cinco cordas era A-D-G-B-E, exatamente como o
violão moderno.
Com o passar do tempo, o corpo do instrumento foi aumentado
e uma corda foi adicionada e sua afinação era a mesma da antiga guitarra com
exceção da terceira corda, que era afinada meio tom abaixo.
Este instrumento viria então a ser conhecido como a Vihuela.
A Vihuela era apenas uma guitarra de dimensões maiores, e possuía seis cordas
duplas feitas de tripa animal.

No século dezesseis, a guitarra era denominada de três
maneiras: Vihuela na Espanha, Rizzio Gitarre na França e Guitarra Batente na
Itália.
É da Alemanha do século dezessete, que se tem notícia da
mais antiga publicação para guitarra de seis cordas.
Como surgiu o nome “Violão”?
Em vários países de língua não-portuguesa, o Violão é
conhecido como “Guitarra”.Isso tem muito a ver com o idioma inglês (Guitar),
francês (Guitare), alemão (Gitarre), italiano (Chitarra) e espanhol (Guitarra).
Acontece também, que os portugueses possuem um instrumento
muito semelhante ao Violão, que seria atualmente equivalente à nossa Viola
Caipira: É a Viola portuguesa. Ela possui as mesmas formas e características do
Violão, sendo apenas um pouco menor.
Quando os portugueses se depararam com a “guitarra”
(Espanhol), viram que ela era igual à sua viola, sendo apenas um pouco maior.
Então colocaram o nome do instrumento no aumentativo, ou seja, de “Viola”
passou a ser chamado de Violão…
O nome violão hoje faz parte do vocabulário de todos os
brasileiros e designa de forma inequívoca a guitarra clássica. Muitos tentaram,
sem sucesso, fazer com que o termo “guitarra” voltasse a ser utilizado no
Brasil para unificar a nomenclatura a todas as outras línguas.
Só no século vinte o nome “guitarra” retornou ao vocabulário
corrente dos brasileiros, mas apenas para designar a versão eletrificada do
violão. O nome “guitarra clássica” também acaba sendo alternativamente
utilizado, muitas vezes, para designar os modelos de guitarras semiacústicas do
jazz e blues tradicionais.
Uso na música popular e erudita
O violão originou um ramo da música clássica ou erudita,
composta por obras escritas especialmente para tirar partido das suas
possibilidades expressivas, geralmente prelúdios, sonatas e concertos, embora
qualquer forma de composição musical possa ser utilizada por ele.
O violão é quase sempre tocado sem o uso de palhetas,
utilizando-se as unhas (normalmente da mão direita). As unhas devem estar bem
polidas para um som mais perfeito.
Já Francisco Tárrega (1852-1909), preconizou que o toque
devia ser realizado pela mão direita com a parte “macia” do dedo – a polpa – ou
seja, a unha não deveria ser utilizada.

Ao contrário da música popular, a execução clássica mais
frequente é de uma linha melódica tocada nas cordas agudas e linhas de baixo,
escalas e arpejos são tocados simultaneamente à melodia principal.
Na música popular as guitarras clássicas são utilizadas para
acompanhamento do canto e a execução frequentemente é harmônica. Os acordes são
montados com a mão esquerda e com os dedos da mão direita – ou palhetas – são
feitos diversos tipos de ritmos, batidas, dedilhados ou arpegios.
Alguns gêneros musicais permitem a utilização de linhas
melódicas em introduções e solos. No jazz podem ser utilizadas técnicas mais elaboradas
como o tapping e a execução com harmônicos.
Na música popular é comum a amplificação do violão com
microfones dinâmicos. Os amplificadores permitem ajustes de tonalidade e mesmo
algumas leves distorções são toleráveis às vezes, em alguns estilos populares.
História do Violão no Brasil
A primeira notícia que se tem sobre este instrumento no
Brasil, ocorre no século XVII em São Paulo.
A confusão entre a viola e o violão começa em meados do
século XIX, quando a viola é usada com uma afinação própria do violão, isto é,
lá, ré, sol, si, mi.
Atualmente, a viola passou-se a ser denominada de viola
caipira, por ser um instrumento típico do interior do país, e a nomenclatura
violão, ao instrumento que era característico de uso urbano, e ter sua forma
atual estabelecida no final do século XIX.

Com isso, o violão passou a tornar-se o instrumento favorito
para o acompanhamento vocal, como no caso das modinhas, na música instrumental,
acompanhando a flauta e o cavaquinho, e com isso formando a base de um conjunto
de choro ou chorinho.
O violão, por ser um instrumento muito usado na música
popular brasileira, e pelo povo em geral, passou a ter uma má fama, sendo
considerado por muitos como um instrumento de boêmios, presente entre
seresteiros, chorões, tornando-se um símbolo de vagabundagem e, carregando
consigo este estigma por muitos anos.
Em virtude desta discriminação sofrida pelo violão no Brasil
e sua associação, os primeiros que tentaram desmistificar esse ranço pejorativo
e discriminatório do violão, divulgando-o como um instrumento sério foram
considerados verdadeiros heróis.
Um dos precursores do violão moderno no Brasil foi o
fundador da revista “O Violão”, publicando-a em 1928, foi Joaquim Santos
(1873-1935) ou Quincas Laranjeira, considerado o “Pai do violão moderno” que
nos últimos anos de sua vida dedicou-se a ensinar a tocar o violão pelo método
de Tárrega.
A história do violão no Brasil desenvolveu-se, basicamente,
em dois grandes eixos da expressão da arte no Brasil: Rio de Janeiro e São
Paulo. Foi nessas cidades que surgiram a maioria dos grandes violonistas
brasileiros.
O Brasil teve e tem a sua própria safra de grandes
violonistas, e falaremos disso num outro artigo.
Construção e estrutura do violão
A configuração moderna e desenho do violão foram
confeccionados na Espanha. Presente hoje em quase todos os gêneros musicais
populares, sua abrangência só se compara à do piano.
Ao longo do tempo este instrumento sofreu grandes evoluções
e, hoje em dia, possui uma grande variedade de formatos e tamanhos, cada qual
mais apropriado a um estilo de execução.
O violão ou guitarra clássica possui diversas
características em comum com todas as outras guitarras, e as principais
diferenças em relação às outras são o fato de usar cordas de nylon, a cabeça
possuir cravelhas, o braço ser mais largo e o tipo de madeiras usadas.
A figura abaixo mostra as partes de um violão:
Estrutura do violão
-origem do violão - história do violão

Cabeça, braço e escala
A cabeça da guitarra clássica é geralmente feita da mesma
madeira do braço e em alguns casos é entalhada no mesmo bloco de madeira. É
fixada na extremidade do braço formando um pequeno ângulo para facilitar o
posicionamento das cordas sobre a pestana (feita de osso, plástico ou latão em
alguns casos).
As tarraxas ou cravelhas dos instrumentos modernos são feitos
de aço com abas de plástico, osso ou madrepérola. Na maior parte das guitarras
acústicas há três carrilhões de cada lado da cabeça. Outras configurações são
possíveis, como 4+2, 4+3 em violões de 7 cordas e 2+2 para violões-baixo.
O braço do violão é mais largo que o de outras guitarras
acústicas, como por exemplo, a guitarra folk. É composto basicamente de uma
barra maciça e rígida de madeira fixada ao corpo.
Madeiras de grande resistência à tração são preferíveis, e
as mais usadas são o mogno e o cedro. O braço é colado ao corpo com o auxílio
de um reforço estrutural, o tróculo, em geral entalhado na mesma peça do braço,
mas que também pode ser uma parte separada e colada ao braço e ao corpo.
Feita de uma madeira diferente do resto do braço, como o ébano,
a escala é montada sobre o braço para fixar os trastes e servir de apoio aos
dedos do executante.
As guitarras clássicas geralmente não apresentam elementos
decorativos sobre a escala. Os violões modernos são construídos com os trastes
posicionados para proporcionar intervalos iguais em todos os semitons.
Em geral, a parte livre do braço é mais curta que nos
instrumentos elétricos, com doze trastes da pestana até a junção com o corpo.
Corpo
Em todos os tipos de violão o corpo tem as funções de caixa
de ressonância e de fixação das cordas. A combinação de madeiras utilizadas não
é meramente decorativa.
Cada madeira é escolhida devido às suas características
físicas, tais como flexibilidade, resistência à tração e absorção de umidade.
As características combinadas de cada madeira permitem
construir instrumentos com a sonoridade desejada, bem como garantem que o
instrumento terá afinação e timbre estáveis em condições diferentes de
temperatura, umidade e tensão das cordas.
Faixas laterais
Feitas de madeiras resistentes à tração. A madeira preferida
para esta parte do corpo é o jacarandá da Bahia. Como esta árvore está em risco
de extinção, apenas luthieres que possuem estoques antigos utilizam essa
madeira.
Uma alternativa é o jacarandá da Índia, também chamado
Rosewood. Também pode ser usado o mogno ou algumas outras madeiras. As finas
lâminas, de no máximo 3 mm de espessura e com cerca de 3 a 5 cm de largura, são
molhadas e moldadas no formato desejado do instrumento (normalmente no formato
aproximado de um 8) com a ajuda de moldes de madeira e grampos.
Após alguns dias as faixas adquirem a forma definitivamente.
Várias peças de madeira em forma de “L” são coladas ao longo de toda a parte
interna das faixas. Estas peças servirão para colar o fundo e o tampo.
Fundo
Construído da mesma madeira que as faixas, o fundo também é
uma lâmina fina de madeira, cortada para preencher exatamente o contorno
definido pelas faixas.
Na verdade, não é constituído de uma única chapa, mas de
duas partes simétricas, fixadas no meio a uma estrutura que se estende
longitudinalmente ao corpo.
O resultado é um fundo que não é plano, mas levemente curvo
em direção ao exterior. Essa montagem permite a dilatação e faz com que
alterações da madeira decorrentes de variações de temperatura ou umidade sejam
absorvidas sem danos às lâminas.
Tampo
Esta é a principal parte do corpo do violão. Como as cordas
são fixadas ao tampo, quando elas vibram todo o tampo vibra solidariamente.
Este efeito é responsável pela maior parte da amplificação acústica.
Como deve agir como uma membrana, o tampo deve ser
construído de uma lâmina fina (em geral menos espessa que o fundo e laterais)
de uma madeira altamente flexível, mas ainda assim resistente o suficiente para
suportar a tração ocasionada pelas cordas.
A madeira preferencial para o tampo é o cedro, mas várias
outras madeiras podem ser usadas. Os melhores instrumentos são obtidos de
árvores com pelo menos 200 anos, que possuem veios praticamente paralelos.
Assim como o fundo, o tampo é obtido de uma única chapa de
pinho dividida em duas metades unidas ao meio e colado aos suportes em “L”. No
ponto de junção entre as faixas e o tampo, um friso é colado como elemento
decorativo e também como reforço estrutural do conjunto.
Aproximadamente no centro do tampo, há uma abertura, a boca.
Ela serve para permitir a passagem do ar em vibração. Em geral, um mosaico
feito em marchetaria decora e protege as bordas das aberturas. O desenho
utilizado é característico de cada luthier.
Na parte interna do tampo, uma complexa estrutura de barras
ou ripas de madeira é construída para “disciplinar” a vibração do tampo.
Chamada de leque, esta estrutura é fundamental para permitir o reforço de
determinados harmônicos e a absorção de ruídos indesejáveis. Em geral o número
de barras e o desenho utilizado é característico de cada luthier ou de cada
modelo.
Abaixo da boca é colado o cavalete, usado para fixar as
cordas ao corpo. O cavalete possui furos para a fixação das cordas e sobre ele
é montado o rastilho, uma barra de osso ou plástico que serve para apoiar e
distanciar as cordas do corpo e da escala, além de transmitir a vibração das
cordas ao tampo.
Encordoamento
Os violões clássicos – ou de concertos – utilizam
exclusivamente cordas de nylon; a construção deste tipo de instrumento não
suporta uma tensão maior, proporcionada pelas cordas de aço.
As cordas mais finas, chamadas de primas ou agudas, são
feitas de nylon ou compostos utilizando carbono e titânio. As mais grossas,
chamadas de bordões ou baixos, consistem de um núcleo composto por
multifilamentos de fios de nylon, enrolados em espiral por um fio metálico.
Este fio é feito geralmente de cobre (puro ou suas ligas),
cobre banhado a prata, ou mesmo de prata pura, tratado com revestimento
antioxidante.
Esta construção permite maior resistência à tração, maior
estabilidade de afinação e maior flexibilidade do que seria possível caso se
usassem fios de cobre também nas cordas mais grossas.
Curiosidades sobre o Violão
Por um bom período da história do violão – no Brasil – ele
foi difamado devido a ser o instrumento preferido dos boêmios e seresteiros,
levando o título de “instrumento marginal”, “coisa de vagabundo”. Felizmente
esse fato já foi superado.
Por um bom tempo da nossa história também houve uma confusão
em relação aos termos viola e violão no país. Mas há muito tempo essa diferença
entre os dois instrumentos é notória.
Devido ao formato característico do corpo do violão,
costuma-se dizer que ele tem as mesmas proporções de um corpo feminino. Por
analogia também se diz de mulheres que têm a cintura acentuada, que elas têm um
“corpo de violão”.
Aqui no Brasil, quando se fala em “guitarra”, nos referimos
ao instrumento elétrico chamado “Guitarra Elétrica”. Mas não é assim em outros
países…
A Viola portuguesa possui as mesmas formas e características
do Violão, sendo apenas pouco menor
Certa vez, num programa de televisão em São Paulo, que dava
prêmios em dinheiro para quem respondesse corretamente perguntas sobre variados
temas, foi questionado, quantas cordas tinha um violão. Embora a resposta
considerada correta foi “6 cordas”, faltou esclarecer que existem violões de 7
cordas, e também de 8, 9, indo até 14 cordas!
A viola de dez cordas – ou cinco cordas duplas – trazida ao
Brasil pelos jesuítas portugueses no século dezesseis, foi o 1º instrumento
musical vendido no país, e teve um preço exorbitante na época: Dois mil réis!
Esse instrumento pertenceu a um bandeirante chamado Sebastião Paes de Barros.
O 1º método para violão de 7 cordas feito no Brasil, lançado
em 1.999, foi “O Violão de 7 Cordas”, de Marco Bertaglia.
Fonte:http://violaosambaechoro.com.br/
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