Mesmo sem um número oficial de quantas crianças pregam em púlpitos, pode-se estimar que chegam a milhares |
A revista do “New York Times'' publicou nesta semana uma
longa reportagem multimídia sobre as crianças que fazem sermões em cultos nas
igrejas evangélicas do Brasil.
Segundo a publicação, mesmo que não haja um número oficial
de quantas crianças fazem este tipo de pregação, pode-se estimar que são
milhares delas, algumas com até cinco anos de idade.
“A maioria vem de famílias pobres ou de classe média baixa,
e quase todas estão afiliadas com Assembleias de Deus, uma denominação
pentecostal que começou nos EUA em 1914 e que foi levada à América do Sul por
missionários. Assembleias de Deus são atualmente o maior grupo pentecostal do
Brasil'', diz a reportagem.
A força da religião no Brasil é um tema constantemente
abordado por pesquisadores internacionais que estudam o país. A força do
catolicismo e a ascensão recente dos evangélicos têm sido temas de grandes
análises em algumas das principais universidades do mundo. A reportagem do “New
York Times'' aborda o tema de forma interessante e apresenta ao público geral
parte do fenômeno registrado no Brasil.
O jornal diz que o pentecostalismo tem sua maior força em
bairros pobres do Brasil “onde os moradores muitas vezes são esquecidos pelo
governo''. Segundo a reportagem, a “ênfase no sobrenatural'' ajudou a reforçar
o apelo da crença no país.
As crianças pregadoras, segundo o texto, “preenchem um nicho
especial. Elas encorporam o carisma e a presença de palco de velhos pregadores,
mas filtrados pela inocência inerente das crianças'', diz. Elas se tornam ainda
mais populares por conta do uso da internet e redes sociais para divulgar sua
pregação.
A presença de crianças liderando cultos é um diferencial
dessas assembleias, segundo a publicação, mas gera controvérsias e críticas de
outras igrejas.
Fonte:UOL extraido:(http://www.cpadnews.com.br/)
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